A Justiça Eleitoral questiona um contrato envolvendo o suplente de Sergio Moro e algumas despesas da campanha do ex-juiz declarado suspeito pelo STF.
O ex-juiz eleitoral Márlon Reis afirmou que a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) após a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná anunciar posição favorável à perda do mandato do parlamentar. “Estou convencido de que estamos na véspera da cassação de Moro”, afirmou ao UOL News.
Um dos elementos do processo questiona um contrato com o advogado Luis Felipe Cunha. Suplente de Moro no Senado, ele recebeu R$ 1 milhão do próprio partido, o União Brasil. O dinheiro teria sido pago para Vosgerau & Cunha Advogados Associados, uma das empresas de Cunha. Investigadores do Ministério Público também questionaram despesas de Moro. Algumas delas foram a compra de um carro blindado e outros gastos com segurança. O ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal em 2021 afirmou que as ações não tiveram impacto na campanha.
Ao comentar a situação do parlamentar na Justiça, Márlon Reis disse ter estudado “minuciosamente o parecer e o processo como um todo”. “Estou convencido de que estamos na véspera da cassação de Moro. Foram encontrados muitos elementos de prova, analisados pelo Ministério Público Eleitoral. São muitas as alegações contrárias à manutenção do mandato. A lista envolve quase todo o abecedário, indo de A até M. O MP acerta na leitura e creio que haverá cassação”.
O processo contra Moro é analisado no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e pode ser levado a julgamento no plenário em janeiro.