Ministério do Interior cubano frustrou plano de ataques de cidadãos da ilha residentes nos EUA e treinados pelo exército norte-americano.
Autoridades cubanas frustraram um plano terrorista organizado por cubanos baseados nos Estados Unidos, que provavelmente seria executado durante as férias de fim de ano na ilha.
Durante uma reportagem transmitida pela televisão cubana, foi revelado que o Ministério do Interior deteve e investigou várias pessoas culpadas de envolvimento na promoção, planejamento, organização e financiamento de atos terroristas contra Cuba.
Embora se trate de uma investigação em curso, o Ministério ofereceu detalhes preliminares da investigação e, com base nas provas recolhidas, afirmou que os envolvidos são cidadãos cubanos residentes nos Estados Unidos, onde têm ligações com terroristas norte-americanos que promovem ações violentas contra Cuba e receberam treinamento militar nos EUA.
Assim, a pasta informou que o primeiro passo da investigação foi a detenção de um cidadão de origem cubana, que entrou ilegalmente no país por via marítima, vindo do sul da Flórida, nos EUA.
De acordo com a análise, esse cidadão se deslocou pela ilha tentando recrutar outras pessoas, que também foram detidas e estão sendo investigadas. Com eles, foi apreendido um carregamento que incluía pistolas de vários calibres com carregadores reforçados e módulos de munições.
Ao longo das investigações, foi descoberto por meio de depoimentos que um dos recrutados para os planos terroristas teria ligação com Miguel Gómez Bartulo (“Miki Terrori”) e recebido ordens de Manuel Milanés Pizonero, cubano residente nos Estados Unidos, que lhe ofereceu pagamentos para executar tanto atividades como espalhar cartazes, quanto atacar funcionários públicos de Cuba.
Outro nome que surgiu das investigações foi o de Amijail Sánchez González, também residente nos EUA e que foi processado em Cuba por porte e posse ilegal de arma de fogo, roubo, abate ilegal de gado, lesões, atividade econômica ilícita e homicídio por imprudência. González também estaria oferecendo pagamentos em dólares para ataques na ilha.
Michel Naranjo Riverón (“Kiki Naranjo”) é mais um investigado pelo Ministério. Ele saiu de Cuba rumo aos EUA em 2020, e quando estava no país latino foi advertido por perturbação da ordem pública e processado por ferimentos, agressões, roubos com violência e distúrbios públicos.
Cuba publica sua lista de terroristas
Assim, Manuel Milanés Pizonero, Michel Naranjo Riverón, Amijail Sánchez González e Miguel Gómez Bartulo fazem parte da lista de pessoas e organizações terroristas procuradas pelas autoridades cubanas, que foi divulgada através do Diário Oficial de 7 de dezembro.
Ao todo, a lista inclui 61 pessoas e 19 organizações, muitas delas sediadas nos Estados Unidos, e inclui os perpetradores de atos terroristas contra Cuba desde 1999 até ao presente, e aqueles que incitam, organizam e financiam ações que afetam a ordem social.
As bases jurídicas para a elaboração da referida lista encontram-se na Resolução 1373 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), no Código Penal Cubano, no Decreto-Lei 317 do Conselho de Estado e na Resolução 16 do Ministro do Interior do país.
*Opera Mundi