Ministro Paulo Pimenta disse, em encontro do PT, que a polarização está cristalizada e que o governo deve buscar os eleitores que veem o governo como regular.
m um esforço para promover a coesão e o entendimento entre brasileiros com diferentes visões políticas, o governo anunciou neste sábado o lançamento de uma campanha publicitária com o slogan “Um Brasil e um só povo”. A iniciativa surge após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhecer desafios na comunicação com setores específicos do eleitorado, como os evangélicos.
As peças publicitárias, que serão veiculadas a partir deste domingo, têm como objetivo destacar a importância da união e da compreensão mútua entre os cidadãos, independentemente de suas inclinações políticas. Durante a conferência eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, compartilhou trechos de vídeos da campanha que enfatizam a ideia de que todos os brasileiros são parte de uma nação unida.
“Somos todos filhos, irmãos, parentes, cidadãos, de um Brasil gigante que nos quer ver crescendo”, destaca um dos trechos exibidos durante o evento do PT, segundo reportagem do Valor. Esta mensagem visa criar um ambiente de maior compreensão e respeito mútuo entre diferentes grupos da sociedade brasileira.
Na sexta-feira, durante a abertura do encontro partidário, o presidente Lula reconheceu as dificuldades do partido em se aproximar de eleitores que têm visões políticas mais conservadoras. Ele pediu aos candidatos do PT que não deixassem de dialogar com líderes religiosos e fiéis de denominações evangélicas, reconhecendo a necessidade de expandir o alcance do partido.
Paulo Pimenta, ao traçar o diagnóstico da comunicação do governo e do partido, ressaltou que o Brasil ainda vive um ambiente de polarização política. Essa análise já havia sido feita por Lula durante seu discurso de sexta-feira, quando o presidente afirmou que as eleições de 2024 provavelmente seriam marcadas pela disputa entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, o ministro da Secom enfatizou que o PT não conseguirá dialogar facilmente com a parcela mais fiel às pautas do bolsonarismo. Segundo ele, o público prioritário a ser alcançado são os eleitores que consideram o governo Lula como “regular” ou que ainda não se decidiram. Pesquisa DataFolha divulgada recentemente mostrou que 38% dos entrevistados avaliam o governo Lula como “ótimo” ou “bom”, enquanto 30% o consideram “ruim” ou “péssimo”. Uma parcela de 30% avalia o governo como “regular”.