O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a primeira sondagem para o Brasil ingressar na Opep+ ocorreu após a visita do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, em outubro. O executivo afirmou ainda que o Brasil tem até junho do ano que vem para dar uma resposta.
– Quando o secretário-geral da Opep esteve no Brasil com o presidente Lula, Haitham Al Ghais disse que veio ao país para sondar se o Brasil aceitaria um convite para entrar na Opep, pois o Brasil, além de ser um exportador de petróleo, não pode se submeter a cotas porque é negociada em mercado. Ele disse que quer a Petrobras e o Brasil como referências para a transição de alguns países membros da Opep+, que é um anexo dos países membros que não têm cota e não têm voto, mas dá opinião, participa dos debates e influencia a organização – afirmou Prates.
Segundo ele, o Brasil tem até junho de 2024 para analisar o pedido:
– Até lá serão analisados os regramentos, os estatutos e os processos relativos à Opep+. E até junho o Brasil deve ser chamado para uma reunião e dizer se aceita participar das reuniões.
Prates lembrou ainda que o convite é histórico:
-O Brasil ser convidado é algo histórico e importante porque era um país que era um dos maiores importadores há algumas décadas. E ser chamado como observador para essa organização é simbólico. É coerente com a Cop-28 e com o governo do presidente Lula. A Opep quer o Brasil no grupo para influenciar a organização a se tornar uma exportadora de insumos energéticos ou desenvolvedores de insumos energéticos, já que há produtores de riquezas não-renováveis que vão ter que se preocupar com o futuro – destacou Prates.