O Brasil recebeu um convite para fazer parte da Opep+, a organização de países produtores de petróleo que reúne a Opep e outros aliados, como a Rússia. O convite foi feito durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país árabe nesta semana. O Palácio do Planalto informou que o governo ainda analisa a situação antes de dar uma resposta sobre o assunto.
Mais cedo, um delegado da Opep+ havia dito à agência Reuters que o Brasil deverá se juntar ao grupo a partir de janeiro de 2024. Nesta quinta-feira (30), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou a intenção do Brasil de cooperar com a Opep+ durante um encontro com membros da organização, diz a Folha.
“Esperamos nos juntar a este distinto grupo e trabalhar com todos os 23 países nos próximos meses e anos”, disse Silveira, que elogiou o trabalho da Opep+ na preservação da “estabilidade dos mercados de petróleo e energia”. Ele afirmou que essa “estabilidade traz benefícios não só a países produtores de petróleo, mas também aos consumidores”.
O ministro disse ainda que a entrada do Brasil na Opep+ é um momento histórico para o país e para a indústria energética, que abre um novo capítulo na história do diálogo e cooperação no campo de energia. O Brasil é hoje o oitavo maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção média de 2,9 milhões de barris por dia.