Dois funcionários assessores de Jair Bolsonaro (PL) irão acompanhá-lo na viagem à Argentina para a posse de Javier Milei, no próximo dia 10. A atual Presidência da República autorizou a ida dos acompanhantes, que fazem parte do quadro da Secretaria Executiva da Casa Civil que atua diretamente junto a ex-mandatários. Ao fim do mandato, os ex-governantes passam a ter direito a oito servidores, seis de apoio pessoal, e dois motoristas junto a veículos oficiais da União. Essas despesas são regularizadas pela Lei de 1986 e são custeadas pelo governo federal.
Em despacho publicado no Diário Oficial, está publicada a permissão para que os servidores Jossandro da Silva e Estácio Leite da Silva Filho se ausentem do Brasil entre os dias 7 e 11 de dezembro. A informação foi inicialmente divulgada pela coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, e confirmada, em seguida, pelo Globo.
No dia seguinte após a confirmação da eleição de Milei, o presidente eleito convidou Bolsonaro para a sua posse em uma videochamada. O ato foi divulgado nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): “Aceitamos o convite de Milei e estaremos em Buenos Aires para sua posse”, escreveu o filho do ex-presidente brasileiro no X (antigo Twitter).
O convite gerou mal-estar entre articuladores do presidente Lula (PT). Neste domingo, contudo, Diana Mondino, futura chanceler de Milei, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Javier Milei atacou Lula durante a campanha. Chamou o presidente brasileiro de corrupto, razão pela qual Lula teria sido preso. As relações bilaterais acabaram comprometidas e Mondino veio a Brasília para tentar aparar as arestas. Na ocasião, Mondino entregou uma carta com convite pessoal para que o Lula esteja na solenidade.
A presença do chefe do Executivo brasileiro, todavia, não é dada como certa. Isto porque Milei passou sua campanha inteira atacando o presidente. Em manifestações públicas, chamou o presidente brasileiro de corrupto e o acusou de tentar interferir no processo eleitoral argentino, em prol do candidato de esquerda peronista que ficou em segundo lugar na disputa, Sergio Massa.