Depois de uma nova rodada de conversas com novas opções para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Lula sinalizou a aliados que cogita escolher um dos primeiros nomes que lhe foi apresentado.
Em conversas com integrantes do governo e membros do Judiciário, o petista mostrou que hoje se divide entre os subprocuradores Antônio Carlos Bigonha e Paulo Gonet, os primeiros nomes com quem se reuniu quando iniciou as conversas sobre a PGR, diz Bela Megale, O Globo.
Bigonha tem apoio de uma ala do PT e de nomes do Ministério Público Federal ligados a Lula. Gonet é avalizado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Um dos fatores que o governo Lula leva em conta é escolher um nome que passaria “sem custo político” junto ao Senado, já que o indicado precisa ser aprovado pela Casa. Nesta segunda-feira, Lula teve uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e um dos temas que estava no cenário era este.
Nos bastidores, Pacheco tem dito que não vê resistências para nenhum dos cotados.
Nos últimos dias, Lula teve reuniões com os subprocuradores Aurélio Rios e Luiz Augusto Santos Lima. Membros do governo afirmam que o presidente não se empolgou com nenhuma das opções e voltou aos nomes que lhe foram levados inicialmente.
Interlocutores afirmam que a escolha de Lula hoje é guiada pelos padrinhos de cada candidato. Os integrantes do governo, no entanto, tem evitado se comprometer diretamente com qualquer cotado para o comando da PGR, pois avaliam que qualquer nome indicado será uma “aposta”.