Sob nova direção, PGR mantém inquéritos de Bolsonaro no STF

Sob nova direção, PGR mantém inquéritos de Bolsonaro no STF

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Os inquéritos das joias milionárias e da falsificação na carteira de vacinação contra Jair Bolsonaro estão, por enquanto, mantidos no STF.

Os inquéritos das joias milionárias e da falsificação na carteira de vacinação contra Jair Bolsonaro estão, por enquanto, mantidos nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento é parte de uma guinada da Procuradoria-Geral da República (PGR), sob a atual gestão de Elizeta Ramos.

Em agosto, as defesas de Jair Bolsonaro e Michelle tentavam tirar as apurações da Suprema Corte, usando a postura da própria PGR de Augusto Aras e Lindôra Araújo, de que o STF não deve julgar os casos do ex-presidente, desde que ele perdeu o posto.

Bolsonaro e Michelle ficaram calados em depoimento à Polícia Federal (PF), afirmando que só prestariam esclarecimentos com o juízo competente.

Sem pedidos de retirada
Mas desde que Elizeta Ramos assumiu, no final de setembro, e os casos ficaram nas mãos do subprocurador Carlos Frederico Santos, não houve mais pedidos da PGR para retirar os casos do Supremo.

Em entrevista à coluna de Malu Gaspar, de O Globo, o subprocurador disse que não enxergava, por enquanto, a necessidade de pedir a retirada das investigações contra Bolsonaro no STF.

“É prematuro no momento falar em declínio [de competência sobre os inquéritos de Bolsonaro]. Devemos esgotar as investigações [no STF]”, afirmou, repetindo em seguida: “Tenho como prematuro tomar posição sobre isso no atual estágio da investigação. [Manter os casos no STF] pode ser importante para o conjunto probatório.”

As provas contra Bolsonaro no STF
A explicação é porque outras apurações tramitam na Suprema Corte e tem ligação com as investigações contra o ex-mandatário. É o caso da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens.

Mauro Cid admitiu que participou da venda de dois relógios e que repassou R$ 68 mil a Bolsonaro, de forma parcelada, nos Estados Unidos e no Brasil. Ele também narrou que cumpriu ordens de fraudar as carteiras de vacinação de Bolsonaro, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, para que ele viajasse aos EUA.

*GGN

 

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