No último dia 10 de novembro o governo de Israel reduziu para 1.200 a estimativa de israelenses mortos pelo grupo Hamas em 7 de outubro.
De acordo com o Ministério de Relações Exteriores do regime de Apartheid, a revisão se impôs após a identificação de 200 combatentes do Hamas mortos dentre os 1.400 originalmente noticiados por Israel.
Antes desta revisão, a propaganda sionista já tinha sido obrigada a recuar em relação a mentiras amplamente difundidas na imprensa mundial, como os falsos casos de 40 bebês decapitados, e de mulheres violentadas antes de serem assassinadas.
É possível, ainda, que Israel tenha de revisar novamente o número real de vítimas fatais. E, mais uma vez, para baixo.
Novas apurações –se isentas, honestas e não armadas pela propaganda sionista manipuladora– poderão também evidenciar que pelo menos metade dos israelenses mortos eram militares, e não civis.
E poderão esclarecer se os ataques que vitimaram as outras centenas de civis foram executados somente pelo Hamas, ou se foram feitos pelas próprias forças militares israelenses, sobretudo com bombardeios aéreos.
O jornalista estadunidense Max Blumenthal, editor do site The Grayzone, investigou e denunciou estas hipóteses. Ele sustenta que as vítimas mortais de 7 de outubro podem ter sido ao redor de 900, abaixo do propagandeado por Tel Aviv.
Max tem aprofundado a apuração e divulgado os fundamentos sobre tais hipóteses em reportagens e entrevistas publicadas no site The Grayzone.
Em 11 de outubro, reportagem mostrou que a mentira de supostos bebês decapitados foi inventada por David Ben Zion, líder colono extremista e reservista do Exército assentado na Cisjordânia.
Em outra matéria, no último 27 de outubro –duas semanas antes, portanto, de Israel admitir o número menor de mortos–, o jornalista revelou que muitos israelenses podem ter sido mortos por mísseis, bombardeios aéreos e tanques de Israel, e não somente pelo Hamas.