Crianças feridas e soterradas, um símbolo da guerra.
O governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decretou a morte dos palestinos civis e inocentes que vivem na Faixa de Gaza com o aumento de bombardeios pesados na madrugada de hoje (28/10), a invasão terrestre de mais uma fatia do enclave e o corte geral das comunicações.
O que acontece ali não é uma guerra, mas um massacre. Não são dois exércitos em luta com o apoio dos seus respectivos povos, mas apenas um que ataca e mata indiscriminadamente a pretexto de punir o grupo radical Hamas, que se esconde em túneis por trás do povo que governa e que diz defender.
A Assembleia Geral da ONU pediu uma trégua humanitária que permita a entrada em Gaza de alimentos, água, remédios e combustíveis. O governo de Israel respondeu que o pedido não será atendido. São 2,3 milhões de palestinos expostos a bombas, a tiros, à fome e à sede, e à escuridão total quando chega a noite.
Outros 1.679 menores sofreram algum tipo de mutilação entre 2019 e 2022. Desde 2000, 13 mil crianças palestinianas foram detidas, interrogadas, julgadas e presas. Muitas tiveram de receber tratamento médico durante sua detenção (1.598 na última década), o que sugere que sofreram alguma forma de maus-tratos.
Esses dados foram apresentados na terça-feira (24/10) à Assembleia Geral da ONU pela relatora especial da ONU para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados da Palestina, a italiana Francesca Albanese. O relatório de Albanese não foi reconhecido pelo governo de Israel, que o desmentiu.
O governo de extrema-direita de Netanyahu está na contramão de quase metade dos israelenses que querem adiar qualquer invasão de Gaza, segundo pesquisa publicada pelo jornal Maariv. Israel prometeu aniquilar o Hamas depois que foi invadido em 7 de outubro, mas não distingue entre combatentes e não combatentes.
Questionados se os militares deveriam escalar a guerra para uma ofensiva terrestre de grandes proporções, 29% dos entrevistados disseram que sim, enquanto 49% disseram que “seria melhor esperar”, e 22% se mostraram indecisos. Em 19 de outubro passado, 65% apoiaram a ofensiva de imediato
*Blog do Noblat