Mortes, assassinato, exílio, prisões e censura: a vida de escritores palestinos na guerra

Mortes, assassinato, exílio, prisões e censura: a vida de escritores palestinos na guerra

Compartilhe

A poeta e romancista palestina foi morta em bombardeio na sexta-feira (20). Com Heba, a lista de escritores palestinos mortos aumenta.

As bombas israelenses que caem sobre a Faixa de Gaza, na Palestina, mataram na sexta-feira (20), em Khan Yunis, a jovem poeta e romancista palestina Heba Abu Nada, de 34 anos, autora do romance Oxygen is Not for the Dead (2017) – obra sem tradução para o português.

Heba, cujos trabalhos possuem alto teor político feminista e em defesa do Estado da Palestina e da resistência protagonizada pelo povo, sobretudo pelas mulheres, não é a primeira personalidade das letras palestinas a ser morta ou vítima no conflito quando o pensamos em seu longo prazo. A escritora sabia que poderia fazer parte de uma lista de vozes silenciadas pela violência israelense.

Um dia antes de uma bomba atingir o prédio em que estava, Heba escreveu: “se morrermos, saibam que estamos satisfeitos e firmes. Digam ao mundo, em nosso nome, que somos um povo da verdade”. Já no último dia 8 de outubro, escreveu: “a noite da cidade é escura, exceto pelo brilho dos mísseis, silenciosa, exceto pelo som dos bombardeios, assustadora, exceto pela garantia das súplicas”.

Estão os escritores palestinos sob exílios forçados, atentados políticos, prisões e censuras em festivais e feiras literárias, caso de Adania Shibli, autora de “Detalhe Menor” (Editoria Todavia, 2021), que teve o adiamento, por tempo indeterminado, do recebimento do prêmio LiBeratur 2023, que seria realizado na Feira do Livro de Frankfurt, durante este mês, o que despertou repúdio nos meios literários.

*GGN

 

 

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: