Maiores credores diminuem participação no mercado de treasuries, e China já tem aparecido como alternativa para os mercados emergentes
Os Estados Unidos detêm o protagonismo político e econômico no cenário global há muitas décadas, ao ponto de sua moeda local ser usada como referência para as negociações no mercado financeiro internacional.
“O mercado de US$ 25,8 trilhões dos títulos do Tesouro (os treasuries) é o sistema circulatório dos mercados financeiros mundiais – todo o resto depende dele”, destaca o jornal norte-americano The Washington Post, afirmando ainda que é papel das autoridades “manter o mercado saudável” diante da mudança de perspectivas nas taxas de juros de longo prazo e ao elevado endividamento norte-americano, segundo o GGN.
Porém, esse protagonismo está começando a ser questionado – o que pode inclusive causar mais problemas a um país que tem tido alguma dificuldade em se recuperar da crise gerada pela pandemia de covid-19 e está envolvido com as mais recentes guerras em andamento.
E essa fuga pode ser vista em números: entre agosto de 2022 e agosto de 2023, o Japão (maior credor dos Estados Unidos) diminuiu o montante de títulos em mãos de US$ 1,196 trilhão para US$ 1,116 trilhão, ao passo que a China cortou sua parcela de US$ 938,6 bilhões para US$ 805,4 bilhões no mesmo período comparativo.
Fechando a lista dos cinco maiores credores norte-americanos, estão Reino Unido (US$ 698,1 bilhões em agosto de 2023), Luxemburgo (US$ 365,8 bilhões) e a Bélgica (US$ 316,7 bilhões), segundo dados oficiais do Departamento do Tesouro norte-americano.