Ao longo de sua campanha à presidência da Argentina, o candidato radical de extrema-direita deu uma série de declarações, críticas, ataques ao governo brasileiro e diretamente à figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo apuração do repórter da GloboNews, Guilherme Balza, uma fonte de governo brasileiro disse “que uma vitória de Javier Milei representará um retrocesso diplomático sem precedentes no contexto da América do Sul e nas relações entre Brasil e Argentina”.
Ao longo de sua campanha à presidência da Argentina, o candidato radical de extrema-direita deu uma série de declarações, críticas, ataques ao governo brasileiro e diretamente à figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Milei já chamou Lula de comunista, totalitário, de socialista. Disse ainda que o governo Lula usurpa a liberdade de imprensa, que as urnas eletrônicas do sistema eleitoral brasileiro não são confiáveis e que o governo Lula foi o responsável pela tentativa de golpe de estado. Um discurso muito alinhado com aquilo que é dito por Bolsonaro e também pelos seus aliados, diz Julia Duailibi, G1.
Em razão dessa preocupação, um grupo de marqueteiros que são ligados ao PT, que atuaram na campanha de Lula na campanha e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad no ano passado, foram trabalhar na campanha de outro candidato, Sérgio Massa para tentar impedir uma vitória do Javier Milei. O governo brasileiro teme que haja uma onda de direita nessa reta final, que não está sendo captada pelos institutos de pesquisa e que ele possa ganhar no primeiro turno.
De acordo com a fonte ligada ao governo, a principal preocupação é que se tiver um segundo turno Javier Milei pode adotar uma linha um pouco mais moderada, compor de alguma forma com o centro, mas se ele ganhar no primeiro turno, ele tem mais capital político para executar tudo aquilo que ele vem postulando.