Irã lança alerta de ameaça regional e Egito propõe cúpula

Irã lança alerta de ameaça regional e Egito propõe cúpula

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O governo do Egito propõe a realização de uma cúpula para tentar dar uma resposta à crise entre palestinos e israelenses, enquanto a diplomacia internacional se mobiliza para tentar impedir que a nova etapa do conflito se transforme em uma guerra regional. Os esforços ocorrem num momento em que o governo iraniano faz um alerta de que não há como garantir que uma invasão de Gaza não resulte num confronto regional.

Neste domingo, o Egito enviou convites a governos estrangeiros e principalmente para países do Oriente Médio.

De acordo com as autoridades do Cairo, há uma tentativa de que haja uma coordenação para que a ajuda humanitária também possa chegar aos palestinos. O governo egípcio, porém, mantém sua postura de que os palestinos não devem ser deslocados da Faixa de Gaza e de que precisam ser mantidos na região.

O argumento oficial é de que o êxodo esvaziaria ainda mais a causa palestina, ainda que diplomatas garantam que a medida tem como objetivo evitar a criação de um gueto palestino em seu território, que faz fronteira com Gaza.

Não há, por enquanto, qualquer indicação de quando essa reunião poderia ocorrer.

Num comunicado, o governo apenas afirmou que está “pronto para fazer qualquer esforço para acalmar a situação atual que envolve os combates entre Israel e o Hamas”. Mas também deixou claro que sua segurança nacional não seria rifada.

O anúncio ocorre no momento em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarca no Cairo para consultas. Nos últimos dias, ele esteve em cinco países árabes, na esperança de costurar uma posição conjunta de condenação ao Hamas. Nesta segunda-feira, ele está sendo esperado em Tel Aviv.

Irã lança alerta
Apesar dos esforços americanos, o governo do Irã fez um alerta de que “ninguém pode garantir” o controle do conflito se houver, de fato, uma invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.

A declaração ocorreu num momento ainda que o governo dos EUA enviou um segundo porta-aviões para a região, supostamente para impedir que a crise transborde para outros países.

“Se os ataques do regime sionista (Israel) contra os cidadãos indefesos e o povo de Gaza continuarem, ninguém poderá garantir o controle da situação e a não expansão dos conflitos”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian. Ele esteve com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, debatendo a situação.

Um dia antes, ele se reuniu com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Catar. Num comunicado do grupo islâmico, foi anunciado que o encontro serviu para que houvesse um acordo para “continuar a cooperação”.

Ainda segundo o comunicado, oi iraniano elogiou o ato do Hamas o qualificou como uma “vitória histórica” contra Israel.

*Jamil Chade/Uol

 

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