Maior hospital da cidade diz abrigar 35 mil; ao menos 70 civis em fuga morreram em ataque.
Uma semana após ter sofrido o maior ataque em 50 anos de sua turbulenta história, Israel apertou o cerco militar contra a Faixa de Gaza, administrada pelos perpetradores do massacre de 1.300 pessoas há exata uma semana, o grupo terrorista palestino Hamas, diz a Folha.
O país prepara uma operação por “terra, mar e ar” que irá chegar “ao coração de Gaza”, segundo declaração das IDF (Forças de Defesa de Israel).
A crise humanitária causada pelo cerco imposto por Tel Aviv ao território de 2,3 milhões de habitantes foi exacerbado pelo fim do ultimato dado para que 1,1 milhão deles deixasse a porção da faixa que inclui a capital e as área a seu norte.
Apesar da promessa de manter duas rotas abertas para o fuga dos civis, um ataque israelense a um comboio na capital matou ao menos 70 pessoas ainda na sexta (13). Ele foi registrado em um vídeo de celular georreferenciado por especialistas como autêntico. Ao todo, morreram até aqui 2.215 palestinos na retaliação ao ataque do dia 7.
A pressão levou milhares a deixarem suas casas, mas o temor de serem alvejados ou por Israel ou pelo Hamas amedronta a maioria, dizem relatos. Segundo a ONU, cerca de metade da população total da faixa já se deslocou desde o início das hostilidades, 400 mil antes do ultimato. O pequeno grupo de brasileiros que estava em Gaza conseguiu se deslocar para Rafah, onde espera um acerto para atravessar a fronteira rumo ao Egito.