Dezenove brasileiros — 11 crianças, cinco mulheres e três homens — aguardam para deixar a cidade de Khan Younes, ao sul da Faixa de Gaza.
Cidadãos brasileiros conseguiram deixar a escola onde estavam abrigados e chegar a Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza, neste sábado (14/10). O governo federal do Brasil contratou um ônibus para fazer o transporte do grupo até a fronteira com o Egito e aguarda a liberação pela passagem de Rafah para o país africano.
Havia previsão de que os 19 brasileiros — 11 crianças, cinco mulheres e três homens — embarcassem para o Egito por volta das 12h, no horário local (6h em Brasília), mas a viagem foi cancelada. Agora, eles esperam pelo aval para fazer a passagem.
Sem a segurança necessária para percorrer o trajeto, o grupo foi hospedado no prédio de uma família brasileira que mora na região, a cerca de 10 quilômetros do país vizinho. Por volta das 14h (8h no Brasil), ainda não havia liberação para conclusão da viagem.
O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, afirmou que o caminho será curto e deve durar cerca de duas horas. “Comunicamos à Defesa de Israel sobre o nosso ônibus: trajeto, placa, lista de passageiros. Tudo para evitar que ele seja bombardeado e possa fazer esse trajeto em segurança”, enfatizou.
O plano, segundo Candeas, era de que o ônibus já tivesse partido para Rafah. Contudo, a fronteira chegou a ser fechada, e a viagem foi suspensa por Israel. “Os brasileiros ficaram muito apreensivos. Reunidas todas as condições adversas, a decisão foi por retirar nosso pessoal da escola e colocar nessa cidade de Khan Younes, que é muito mais segura que Gaza. Uma família abriga os brasileiros”, completou o embaixador.
Ainda não há prazo para saída do ônibus rumo ao Egito. No total, 28 pessoas — 22 brasileiros, três imigrantes palestinos e três parentes palestinos — pediram para deixar a região no coletivo.
Neste sábado (14/10), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou que o Egito aceitou receber os brasileiros interessados em sair da Faixa de Gaza. Ele acrescentou que a população confinada na região sairia pela passagem de Rafah, na fronteira entre a parte sul da área e o país vizinho.