As vantagens que podem fazer do Brasil a maior potência industrial sustentável

As vantagens que podem fazer do Brasil a maior potência industrial sustentável

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Baterias de lítio, amônia e biometano são alguns dos produtos que podem fazer com que a indústria brasileira volte a crescer.

O programa Nova Economia desta quinta-feira (12) contou com a participação de Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, e Elaine Santos, socióloga e pós-doutoranda do IEA–USP Cidades Globais, para falar sobre as oportunidades de reindustrialização verde que o Brasil tem em comparação aos demais países.

Elaine Santos adiantou que, de acordo com o Relatório Internacional de Energia, à medida que a transição energética de combustíveis fósseis para renováveis ganha força, a demanda por minerais também será cada vez maior.

Será necessário, então, aumentar em mais de 90% a produção de lítio, além de níquel (60%) e cobalto (70%). A socióloga lembrou ainda que, apesar de ser o minério mais promissor, o uso do lítio na indústria não é novidade. Desde a década de 1990, o Brasil produz lítio para a fabricação de graxas, lubrificantes e remédio.

“Mas nas últimas décadas, o lítio vem sendo utilizado mais na parte das baterias, para painéis solares, veículos elétricos e estações de energia eólica. Então, o lítio é uma matéria-prima estratégica nesse sentido. Nesta agenda de debate da transição climática e transição energética, o lítio é algo que precisa ser destacado e também a quantidade de recursos minerais necessários para infraestrutura de armazenamento e geração de eletricidade, que serão necessários para que as políticas se concretizem”, comenta Elaine.

Vantagens comparativas
Luciana Costa ressalta que o lítio faz parte da estratégia de reindustrialização verde defendida pelo BNDES, mas que o Brasil conta com diversas oportunidades na produção de energia sustentável comparado ao cenário global.

Enquanto a matriz energética brasileira atual é 47% renovável, no mundo esta porcentagem cai para 20%, pois o restante ainda é baseado em combustíveis fósseis. Já em relação à matriz energética, mais de 90% é verde.

*GGN

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