Antes que venham com aquela baba de quiabo, que é um dos principais clichês dos defensores do massacre que Israel impõe aos palestinos, há 75 anos, acusando de antissemitismo qualquer crítica que venha a sofrer, não importando o teor, a condenação é automática.
Só que isso já cansou. Os “influencers”, que se transformaram em verdadeiros pivôs da nova propaganda sionista no Youtube, seguem com suas pedaladas retóricas, par e passo, com o discurso de Netanyahu e seus asseclas.
Porém, há que se destacar um adendo: nas últimas 48 horas, houve, no Youtube, uma inundação de defensores dos massacres de Israel contra os palestinos, na tentativa de sequestrar os fatos, em nome de uma operação abafa na base do palavrório “histórico”.
Ou seja, houve uma inundação, um verdadeiro tsunami nos programas de entrevista, defensores das atrocidades de Israel, como o de Rafinha Bastos, Pondé e outros tantos podcasts que, aliás, já viraram uma praga no Youtube.
Esses zumzumzuns de podcasts que, geralmente, são superficiais e de multiuso, receberam “historiadores” e “analistas” de conflitos ligados ao Oriente Médio para, com cuidado, perfumar com o frescor do campo as ações de Israel, consideradas pela ONU como crime de guerra, protagonizadas pelo exército bárbaro de Israel.
Para essa turma, só faltou carimbar na camiseta o certificado de vegano.
Essa fabricação de fantasiosas histórias, vem de uma mesma indústria, a das máquinas de propaganda de Israel, na tentativa de justificar o injustificável, de limpar a imagem monstruosa que Israel está revelando com seus ataques covardes em Gaza, em que a maior parte das vítimas é de crianças e mulheres.
Mas os senhores, doutores, excelentíssimos, celebridades do “conhecimento histórico milenar” deitam falação ridículas com ares de tese de doutorado.
Todavia, isso não é tudo, a picaretagem se estende nos comentários de louvores varonis da suposta audiência, que vão das platitudes mais empasteladas ao pastiche mais jeca, ao estilo, que entrevista sensacional! Que aula! fiquei fã do professor tal, fazendo lembrar os robôs de Carluxo, que foram incapazes, como se esperava, de impedir a derrota humilhante que a besta do papai sofreu nas ruas.
Não vamos nos estender a esse capítulo particular, que também é pró-Israel. O que aqui se quer chamar a atenção é para o fato de que isso ocorreu nas portas do anúncio de que Israel, pretendendo produzir uma catástrofre humanitária, ameaçou a população de Gaza com um bombardeio ainda mais sangrento para quem não sair de Gaza em 24 horas, fato que está sendo considerado uma tragédia sem precedentes.