Semelhança física entre médico morto no Rio e miliciano é uma das linhas de investigação para o crime

Semelhança física entre médico morto no Rio e miliciano é uma das linhas de investigação para o crime

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Perseu Ribeiro de Almeida e Taillon de Alcântara Pereira Barbosa tem características parecidas e podem ter sido confundidos.

A semelhança física entre o médico Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26, é uma das linhas de investigação para o triplo homicídio ocorrido, nesta quinta-feira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com as polícias Civil e Federal, Perseu tem peso, altura, cabelo e barba parecidos com Taillon e pode ter sido confundido com o criminoso quando estava com três amigos em um quiosque na orla do bairro.

Taillon de Alcântara Pereira Barbosa é filho de Dalmir Pereira Barbosa e ambos são apontados pelo Ministério Público do Rio como integrantes de uma quadrilha que atua em regiões da Zona Oeste da cidade. Em dezembro de 2020, ele teve a prisão preventiva decretada pelo crime de organização criminosa.

Documentos obtidos pelo GLOBO revelam que Taillon Barbosa obteve livramento condicional em 25 de setembro deste ano. Segundo o processo, ele mora na Avenida Lúcio Costa, na mesma avenida onde os médicos foram assassinados. Seu apartamento fica a 750 metros do quiosque onde aconteceu o crime.

A decisão do livramento condicional, assinada pelo juiz Cariel Bezerra Patriota, determina que Taillon compareça ao juízo a cada três meses para comprovar suas atividades. Ele precisa voltar para casa às 23h e permanecer durante toda a noite. Também é sua obrigação “porta-se de acordo com os bons costumes”, não se ausentar do estado, não se mudar sem comunicação ao juízo.

“Não frequentar lugares passíveis de reprovação social, tais como aqueles onde haja consumo excessivo de bebidas alcoólicas; onde haja venda de drogas ilícitas; casas de prostituição; prática de jogos proibidos e outros análogos”, finaliza a decisão.

Dalmir Pereira Barbosa, um ex-policial militar citado na CPI das Milícias em 2008, expulso da polícia naquele ano e atualmente preso. Dalmir era um dos chefes da organização e denunciado na operação Intocáveis II. Após a prisão do pai, quem assumiu a função de chefiar a milícia na região foi Tailon.

 

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