Ministro pediu destaque de processos, o que leva parte dos casos ao plenário físico e afeta ritmo das análises.
O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), paralisou nesta segunda-feira (2) parte dos processos em julgamento virtual de réus acusados de participação nos ataques golpistas de 8 de janeiro.
A decisão, na prática, leva casos para a discussão no plenário físico e provoca uma reviravolta na estratégia da corte de agilizá-los.
Nos julgamentos por meio da análise virtual, os votos dos 11 ministros são depositados em um sistema do Supremo, em sessões que normalmente duram uma semana, mas sem interromper as demais pautas do tribunal.
No plenário físico, a corte demorou dois dias para julgar apenas os três primeiros réus do 8/1, em sessões que se iniciaram pela manhã e continuaram até o fim da tarde.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou ao menos 1.400 denúncias contra acusados dos ataques golpistas, mas parte deles pode ser beneficiada por acordos de persecução penal, que evitariam julgamentos pelo STF.
Mendonça pediu destaque (transferência da discussão para plenário físico) em dois dos cinco processos em que são julgados os réus. Ambos os casos tratam de mulheres que foram acusadas pela PGR.