Após delação, CPI do Golpe fecha o cerco contra Mauro Cid

Após delação, CPI do Golpe fecha o cerco contra Mauro Cid

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Integrantes da CPI mista do Golpe já se preparam para um novo depoimento de Mauro Cid, o ex-faz-tudo de Jair Bolsonaro, que vai voltar ao colegiado após o STF homologar o acordo de delação premiada dele. Um requerimento de reconvocação do tenente-coronel foi aprovado em 24 de agosto, diz Lauro Jardim, O Globo.

Se antes Mauro Cid se calou diante dos parlamentares, espera-se que agora ele responda as perguntas. Deputados e senadores querem aproveitar a nova disposição do ex-ajudante de ordem de “contar tudo o que lhe perguntarem envolvendo Bolsonaro”, como disse o advogado Cezar Bittencourt, que defende Cid no inquérito das joias sauditas, à jornalista Andréia Sadi.

Os parlamentares também cogitam acionar o STF para pedir acesso ao material delatado mesmo sabendo que o ministro Alexandre de Moraes pode se negar a entregar o conteúdo, alegando estar em segredo de justiça.

Autor de um dos requerimentos de convocação de Mauro Cid, o deputado Duarte Junior (PSB-MA), esclarece não haver data ainda para o novo depoimento já que a Polícia Federal ainda está na fase de checagem de provas da delação, mas que há uma iniciativa para que o tenente-coronel seja ouvido já na semana que vem. Diz o requerimento:

“Em resumo, há uma série de novos fatos e informações que sugerem o envolvimento do Sr. Mauro Cid em iniciativas potencialmente ligadas ao financiamento de movimentações antidemocráticas e na fabricação de eventos que alimentariam uma narrativa golpista. Diante dessas revelações, é essencial reconvocar o Sr. Mauro Cid para que ele possa explicar seu envolvimento em tais questões e fornecer esclarecimentos adicionais à Comissão”.

 

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