O tenente-coronel André Luis Cruz Correia integrava um grupo de WhatsApp com pregações golpistas e até com ameaças ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, que fazia a segurança do presidente Lula (PT) e foi exonerado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) após a Polícia Federal revelar sua participação em um grupo de WhatsApp com pregações golpistas, realizou ao menos seis viagens, tanto nacionais quanto internacionais, desde março, quando passou a integrar a equipe de segurança presidencial, informa Lauro Jardim, do jornal O Globo. Em cinco dessas ocasiões, ele acompanhou o presidente.
A investigação ganhou tração com a apreensão do celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Esse achado levou a Polícia Federal a descobrir a conexão do tenente-coronel do Exército, um integrante da equipe de segurança de Lula, com um grupo no WhatsApp. Nesse grupo, não apenas se promovia a ideia de um golpe, mas também foram feitas ameaças direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No exercício de suas funções como parte da equipe de segurança presidencial de Lula, André Luis Cruz Correia embarcou em diversas viagens. Algumas destas incluem uma estadia em Bruxelas, Bélgica, que ocorreu de 15 a 20 de julho; uma visita a Leticia, Colômbia, em 8 de julho; e uma passagem por Puerto Iguazu, Argentina, de 3 a 4 de julho. Em termos de deslocamentos dentro do território nacional, o tenente-coronel esteve presente em Ilhéus, Bahia, entre 2 e 3 de julho, além de uma estadia em São Paulo nos dias 22 e 23 de junho.