O Exército afirma que orientou o tenente-coronel Mauro Cid a ir novamente fardado no depoimento desta quinta-feira na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Segundo a Força, o uso da farda pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na comissão se deu por “coerência”. O Exército definiu que aqueles que estão respondendo a acusações que cometeram no exercício da função militar e seguem na ativa irão a CPIs com farda, segundo .
Integrantes da cúpula do Exército admitem que o uso da vestimenta traz mais desgaste à imagem da Força, mas afirmam que esse era um “caminho sem volta”, já que Cid foi fardado no primeiro depoimento. Se Cid comparecesse hoje com roupa civil, deixaria evidente que o Exército errou ao se submeter à pressão familiar do ex-ajudante de Bolsonaro.
Naquela ocasião, os militares cederam aos apelos do general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens, que insistiu para que o filho usasse a farda. O general já não goza do mesmo respeito na caserna, desde que a Polícia Federal revelou que o militar vendeu bens que Bolsonaro recebeu como presidente e que pertencem ao Estado brasileiro.
Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército informou “que todos os militares da ativa do Exército, convocados a prestar depoimentos à CPMI ou a outros órgãos semelhantes, em função da natureza militar do cargo desempenhado, comparecem devidamente uniformizados, da mesma forma como participam dos atos realizados no âmbito do Poder Judiciário.”