Nascido em Niterói, Vieira foi vereador no Rio de Janeiro e participa de forma incisiva contra bolsonaristas no Congresso. Ao DCM, o deputado disse que acredita que a comissão pode ajudar a processar e condenar os responsáveis pela tentativa de golpe.
Elogiou a participação da também deputada Erika Hilton e falou dos episódios recentes de abusos policiais.
Confira os principais pontos da entrevista.
“Omissão criminosa”
Ganhamos a eleição e estamos iniciando o governo. Fizemos uma posse histórica e vamos criar uma instabilidade contra nós mesmos? Ou seja, não há razoabilidade política para a tese do “autogolpe”. Além disso, na própria na sede dos Três Poderes, eu insisto que a responsabilidade era da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
E o secretário era o ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres.
Que, no contexto do segundo turno, ao que tudo indica, já tentou criar obstáculos ao próprio processo eleitoral. E veja a Força de Segurança Nacional, que foi convocada no momento em que houve a intervenção do governo federal na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Isso é o que a lei prevê.
Então quem poderia chamar essa força é o governador, que assim não fez, e a jurisprudência para isso que confirma esse entendimento. O ministro Flávio Dino não poderia colocar a Força de Segurança Nacional na rua.
Isso nem é tão fácil de fazer. Reunir a força de segurança. Quando o Flávio Dino fez isso, houve uma intervenção federal na Secretaria de Segurança Pública do DF.
Quando o governo pôde agir juridicamente, ele agiu rapidamente. Na minha opinião, está tudo muito bem comprovado que não houve omissão do governo.
Houve sim uma omissão criminosa ali na secretaria do DF. E quem era o secretário? Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.
*Com DCM