Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, entrou na mira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está preocupado com o que pode acontecer. O pastor virou alvo da corte após o ministro Benedito Gonçalves determinar que tanto Jair Bolsonaro (PL) quanto Braga Netto devem pagar o valor de R$ 110 mil, além de exigir a prestação de contas relacionadas aos atos de campanha ocorridos em 7 de Setembro de 2022.
Acontece que o ex-presidente terá que explicar uma nota fiscal de R$ 34.720 emitida para Malafaia. O dinheiro teria sido usado para custear o trio elétrico utilizado pelo então presidente no comício na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Questionado por aliados, o pastor afirmou que o TSE está “perseguindo a igreja evangélica”, mas demonstrou apreensão com a ação. Ele é acusado de abuso de poder político e econômico no processo que envolve o Bicentenário da Independência (AIJE 0600972-43.2022.6.00.0000).
Além de Malafaia, Luciano Hang e outros empresários são investigados no mesmo contexto. As ações contra Bolsonaro também envolvem militares, políticos, perfis nas redes sociais e até mesmo “jornalistas”, como Silvio Navarro, Rodrigo Constantino, Bernardo Kuster e Leandro Ruschel. Todos são investigados por supostamente disseminarem conteúdos falsos em massa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com isso, aliados do ex-presidente estão consideravelmente preocupados e já temem consequências legais. Ao contrário da ação que tornou o ex-presidente inelegível até 2030, os outros 15 processos que estão sob análise no TSE podem afetar até 70 pessoas, incluindo Malafaia.
*Por DCM