O testemunho de um professor crítico ao PT sobre a idoneidade de Marcio Pochmann para assumir o IBGE

O testemunho de um professor crítico ao PT sobre a idoneidade de Marcio Pochmann para assumir o IBGE

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O cientista político Francisco Mata Machado Tavares, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), fez um testemunho nesta quinta-feira (27) sobre o economista Marcio Pochmann, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A indicação de Pochmann para o IBGE foi anunciada na noite de quarta-feira (26) pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

O relato de Tavares veio como uma forma de rebater as críticas que vêm sendo feitas por parte da imprensa, principalmente veículos como Estadão e Globo, à indicação de Pochmann para o cargo. Apesar do vasto currículo acadêmico, experiência no serviço público e prestígio do economista que presidirá o IBGE, alguns jornalistas e analistas vêm sugerindo que Pochmann poderia manipular dados do órgão para beneficiar o governo, como se sua indicação fosse uma forma de aparelhamento adotada por Lula.

O IBGE é o órgão responsável, entre outras funções, por produzir o Censo Demográfico, principal provedor de dados e informações do país através da catalogação e análise do perfil da população, que é essencial para a criação de políticas públicas e projetos voltados a diferentes áreas e segmentos sociais.

Francisco Tavares relata que, nos últimos anos, se candidatou a 2 prêmios do Instituto Lula, que é presidido por Pochmann, e que a idoneidade do economista pôde ser atestada diante do fato que, se ele fosse um intervencionista como sugere parte da imprensa, sua participação nas premiações seriam vetadas, já que foi um “duro crítico” dos governos do PT entre 2010 e 2015.

“Eu não apenas fui selecionado em processos objetivos nos 2 prêmios, como tive condições de plena liberdade acadêmica. Ouvi, da equipe do Instituto Lula, em reuniões com as pessoas premiadas, que o Instituto Lula não é uma instituição partidária e que tínhamos autonomia científica”, revela o professor.

“Vejam, portanto: se o agiu de modo impessoal, cientificamente rigoroso e republicano em um instituto PRIVADO vinculado ao Presidente, imaginem como será a sua atuação em um órgão público de Estado. É por isto que considero ótima a nomeação”, emenda Francisco Tavares.

“Escrevo este relato com base em experiência concreta, objetiva. Quem prefere fofocas de Twitter para criticar um doutor em Economia, docente da Unicamp, no IBGE, que siga seu caminho ideologicamente enviesado”, conclui.

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