Não falha. Todas as vezes em que se tem notícias de novas descobertas sobre o assassinato de Marielle, praticado pelo vizinho de Jair e Carlos Bolsonaro, o nome de Daniel Silveira bomba nas redes pelo sistema digital do bolsonarismo.
Essa é uma das duas principais operações de um mesmo padrão, a outra é o caso Adélio, todas as vezes que aparece escândalo de corrupção que envolve o clã Bolsonaro.
É assustador, é a crença nítida que os bolsonaristas que operam as redes querem dar peso líquido de igual monta, sobretudo no caso de Marielle Franco, com a utilização absurda da morte de Celso Daniel, totalmente esclarecida pela polícia, e não tem nada a ver com a teoria funesta criada pelos bolsonaristas desesperados.
A primeira coisa a ser lembrada, e que pouco se fala, é que não só Jair, mas também Carlos eram vizinhos de Ronnie Lessa.
Pois bem, duas coisas chamaram a atenção, sobretudo no que diz respeito a um depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra em que ele afirma categoricamente que a ordem para liberar a entrada de Élcio de Queiroz veio da casa 58, do Seu Jair.
Para piorar e trazer mais uma pulga para trás da orelha, quando veio a notícia de que o porteiro teria dado tal informação, Bolsonaro, que estava em Dubai, gravou um vídeo, em plena madrugada, dizendo que era perseguição da mídia com Carlos Bolsonaro. Bolsonaro estava absolutamente transtornado.
Na verdade, foi justamente nesse dia que ele teve um comportamento mais tempestivo durante seus quatro anos de mandato.
E mais, Bolsonaro coloca o seu ministro da Justiça para ir pessoalmente ao Rio de Janeiro, dar um tranco no porteiro para que ele mudasse sua versão, ninguém menos que o impoluto Sergio Moro, que cumpriu à risca a ordem do chefe. Fato que registramos aqui tempos atrás com o título, Num Condomínio Com Milicianos, Estelionatários, “Traficante De Armas E Assassinos, Moro Manda Investigar O Porteiro”
Seria interessante o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, ter uma conversa com Moro sobre esse particular e absurdo episódio, para saber detalhes do tal interrogatório que fez com que o porteiro mudasse sua versão, porque a chave do mistério da morte de Marielle Franco está aí.