Na tarde desta quarta-feira (19), o presidente Lula fez sua primeira visita a um país africano em seu terceiro mandato. O líder brasileiro se encontrou com José Maria Neves, presidente do país, aproveitando escala que seria feita no país para reabastecimento da aeronave presidencial.
O presidente brasileiro reforçou os laços entre Brasil e o continente africano, em especial com Cabo-Verde, países que compartilham um passado de colonização portuguesa e a lusofonia.
Durante o encontro, José Maria Neves aproveitou para agradecer o interesse brasileiro em investimentos públicos no local e reforçou que Lula é uma liderança importante do Sul Global.
Neves celebrou “o regresso do Brasil ao mundo”. Ele ainda adicionou: “O Brasil é um grande país, e o seu poder no globo deve estar à altura de sua dimensão. O presidente Lula tem trazido essa grandeza ao Brasil, e tem se colocado no mundo à altura dos desafios que o mundo enfrenta neste momento”, afirmou.
O presidente caboverdiano ainda afirmou que “precisamos de lideranças visionárias, transformadoras e catalisadoras desse novo momento”, disse referindo-se ao presidente brasileiro. Estamos contentes com a contribuição do Brasil para [ações nos países] do sul e para termos um mundo mais igual, onde todas e todos tenham muito mais oportunidades de viver com dignidade”, disse, referindo-se a Lula.
O presidente brasileiro reforçou os laços do Brasil com os países africanos e prometeu a abertura de embaixadas no continente para fortalecer os laços entre atlânticos.
“Quero recuperar a relação com o continente africano porque nós brasileiros somos formados pelo povo africano. Nossa cultura, cor e tamanho é resultado da miscigenação entre índios, negros e europeus. Temos profunda gratidão ao continente africano por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão em nosso país”, disse Lula.
O presidente brasileiro lamentou que as relações brasileiras tenham se deteriorado com os países africanos durante os anos de governo Bolsonaro.
Além disso, ele afirmou que o Brasil planeja formas de pagamento do Brasil pela escravização de africanos no período colonial e imperial, com o compartilhamento de tecnologias, formação profissional e apoio para industrialização e agricultura no continente africano.