Ciclone no RS causa estragos em municípios e quase 800 mil ficam sem luz

Ciclone no RS causa estragos em municípios e quase 800 mil ficam sem luz

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A formação de um ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul entre a noite de quarta (12) e a madrugada desta quinta-feira (13) provocou temporais que causam estragos em cidades de diferentes regiões do estado. De acordo com a Defesa Civil, pelo menos 47 municípios já contabilizam prejuízos. Ao menos 790 mil moradores do estado estavam sem luz até a última atualização desta reportagem.

Uma pessoa morreu, em Rio Grande, no Sul do RS, em decorrência da passagem da ciclone extratropical pelo estado. A vítima, um idoso, estava dentro de casa e acabou sendo atingido pela queda de uma árvore. A informação foi confirmada pela Defesa Civil.

Todo o território do estado está sob alerta. A rede estadual, assim como prefeituras e universidades, suspenderam as aulas devido à previsão. Além disso, onze rodovias tem algum tipo de bloqueio.

Três cidades decretaram situação de emergência devido aos estragos causados pelas chuvas até a última atualização desta reportagem.

Em Vera Cruz, a 161 km de Porto Alegre, Sobradinho, na Região Central do RS, e Joia, no Noroeste do estado, os moradores foram afetados pela chuvarada e a queda de granizo.

Uma ponte que liga os municípios de Guaporé a Anta Gorda, na Serra do RS, ficou totalmente submersa pelo Rio Guaporé, que elevou o nível com as fortes chuvas na região na tarde desta quarta-feira (12). Desvios podem ser feitos pela ERS-129, passando por Encantado, e pela ERS-332. Veja o vídeo acima.

Em Caraá, no Litoral Norte, cidade que teve estragos e mortes na passagem do ciclone em junho, o Rio do Sinos subiu com a forte chuva. A prefeitura e Defesa Civil alertam para a possibilidade de chuva acumulada acima de 150 mm e vento de até 120 km/h.

Em Maquiné, também fortemente atingida pelo ciclone de junho, o Rio Forqueta também aumentou de nível.

Ainda de acordo com informações da Defesa Civil, em Panambi houve inundação do Rio Fiúza, e Não-Me-Toque teve danos em duas pontes e escolas. Em Santa Maria, moradores registraram alagamentos nas ruas da cidade.

Um grupo de indígenas da Zona Sul de Porto Alegre precisou deixar a aldeia em que moram e se abrigar em uma paróquia da região por conta do risco de chuva forte na aldeia.

Eles se abrigaram na Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Restinga, comandada pelo Padre Claudionir Ceron.

“Estão alojados na paróquia, em segurança, e receberam janta. Celebrei a missa e senti a presença de Jesus naquelas crianças correndo. Somos amor e acolhimento”, diz o padre.

No início da noite, os 10 homens do grupo voltaram para a aldeia e deixaram na paróquia um grupo de 36 pessoas, formado por mulheres e crianças. Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, a aldeia não corre risco por conta da chuva, que deve diminuir de intensidade na madrugada.

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