As eleições no Equador estão marcadas para o próximo dia 20 de agosto. A curta disputa eleitoral ocorre após o presidente Guillermo Lasso, dissolver a Assembleia Nacional por meio de um mecanismo previsto na Constituição, a chamada “morte cruzada”.
Para que não ocorra um segundo turno, marcado para 15 de outubro, um candidato precisa de maioria absoluta ou pelo menos 40% dos votos com uma diferença de 10 pontos percentuais para o segundo colocado. O Equador ter mais de treze milhões de eleitores e quem vencer cumpre o restante do mandato de Lasso, até maio de 2025.
Esta próxima disputa se destaca pelo forte retorno do partido Revolução Cidadã, do ex-presidente Rafael Correa.
Pesquisas eleitorais, faltando pouco mais de 40 dias, indicam que a candidata Luisa González, do partido de Correa, é favorita para o pleito.
De acordo com o instituto Comunicaliza, de 07/07, a ex-deputada González tem 37,5% dos votos válidos. Em segundo está o liberal Otto Sonnenholzner do Avança/ Vamos Agir (17,3%) e o terceiro é Yaku Pérez do Unidade Popular (14,8%). Neste cenário a candidata estaria próximo de vencer se chegar ao 40% dos votos válidos, ao se observar que a vantagem para o segundo é bem mais ampla do que o necessário.
Na pesquisa da consultora Negocios y Estrategias, de 29/6, a candidata do Revolução Cidadã teria os números necessários para o primeiro turno. González apareceu com 41,4%, Sonnenholzner com 11,2% e Pérez 10,6%.
Caso González vença será a primeira mulher eleita presidenta do Equador. Em 1997, por um período de cinco dias, Rosalía Arteaga, então vice, assumiu a presidência.
O candidato Sonnenholzner foi vice-presidente de Lenín Moreno entre dezembro de 2018 e julho de 2020. Já Pérez é um líder indígena e foi terceiro colocado nas eleições de 2021.
Ainda concorrem Bolívar Armijos (Movimento Amigo), ex-chefe do Conselho Nacional de Governos Paroquiais do Equador (Conagopare), o ex-deputado Fernando Villavicencio (Construir) e os empresários Daniel Noboa (Ação Democrática Nacional), Jan Topic (Por um País Sem Medo) e Xavier Hervas (RETO).
As eleições também ocorrem para Assembleia Nacional do país. A atual legislatura tem maioria do partido de González e Correa e a tendência, segundo analistas, é que essa presença se mantenha ou até mesmo cresça.
*Com informações OperaMundi e Télam