O MPF do Paraná pediu à Justiça Federal no estado a retomada de uma ação contra o ex-operador da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran, que recebeu um “salvo conduto” de Toffoli, do STF, para viajar, sem risco de ser preso, da Espanha para o Brasil, onde planeja depor à Câmara sobre eventuais abusos da Operação Lava-Jato, segundo Lauro Jardim, O Globo.
O ministro proferiu decisão no início de junho, mas a procuradoria solicitou na quarta-feira a retomada de um recurso cuja finalidade é restabelecer a ordem de prisão de Tacla Duran.
Um dos principais acusadores de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, Tacla Duran era esperado na Comissão de Administração e Serviço Público para falar aos deputados, no último 19, sobre os bastidores da Lava-Jato. No entanto, a vinda dele ao país (e a oitiva) foi adiada enquanto os governos brasileiro e espanhol cooperam para que o advogado possa viajar, depor e retornar a Madri.
Apesar dos esforços determinados por Toffoli, o procurador Walter José Mathias Júnior pediu o prosseguimento do recurso contra Tacla Duran. E ainda que o Judiciário determine o comparecimento presencial dele em juízo e que os autos do processo sejam endereçados ao TRF-4.
O advogado responde a suspeitas de lavagem de dinheiro, mas as investigações contra ele estão suspensas também por ordem de Toffoli.
Em depoimento à Justiça brasileira em março, por videoconferência, Tacla Duran afirmou que Moro e Dallagnol teriam envolvimento num suposto esquema de extorsão conectado à Lava-Jato. É sobre esse tema que parlamentares querem ouvi-lo falar quando estiver em Brasília.