Defesa de Bolsonaro avalia que não há ‘elementos com força suficiente’ para colocá-lo na prisão

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acredita que a inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será a pena mais amarga que o ex-mandatário irá arcar de agora em diante. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

Apesar das diversas investigações que miram o ex-presidente na Polícia Federal (PF), os advogados de Bolsonaro avaliam que não haveria elementos com força suficiente para colocá-lo atrás das grades.

A avaliação, no entanto, foi levada a Bolsonaro por seus defensores com o intuito de “tranquilizar” o ex-chefe do Executivo, uma vez que ele admitiu ter medo de parar na prisão.

“Vira e mexe alguém pergunta se tenho medo de ser preso? Tudo pode acontecer. Não se tem motivo para ninguém ser preso hoje no Brasil. Qualquer um pode ser preso, não se diz o motivo e ponto final. O Ministério Público está ignorando no Brasil”, disse o ex-presidente.

Já sobre o mandado de busca e apreensão feito em sua casa, Bolsonaro disse que pode ter sido apenas o primeiro: “Já foi feito uma busca e apreensão na minha casa e pode vir uma segunda. Pode vir uma decisão mais drástica por parte do ministro que conduz o inquérito, que só ele sabe o que acontece. A PF vasculhou minha casa, não vou desconfiar da Polícia Federal… Outra busca e apreensão, a gente fica preocupado por que o que vão querer buscar agora?”.

Segundo a defesa de Bolsonaro, a maioria dos integrantes da corte avalia que, como ex-presidente, ele deve ter “todas as garantias do processo legal observadas”, ou seja, responder ao processo e ter o direito de se defender. Diante disso, as chances de um mandado de prisão ser expedido contra ele sem condenação seriam mínimas.

Por 5 votos a 2, o TSE tornou Bolsonaro inelegível durante oito anos, a contar de 2022. A decisão se deu pelos ataques, sem provas, que o ex-capitão fez ao sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto, em julho do ano passado.

*Com DCM

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