O PL, legenda de Jair Bolsonaro, possui um planejamento delineado caso o ex-mandatário seja declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e avalia que essa condição poderá torná-lo um influente cabo eleitoral de candidatos ligados à direita nas próximas eleições. Apesar disso, integrantes da legenda temem que ele “jogue a toalha”e desista dos planos já delineados, que envolvem viagens e participações em compromissos de interesse do partido, caso a inelegibilidade seja confirmada ao término do julgamento por abuso de poder pela Corte Eleitoral.
Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, “a participação de Bolsonaro em agendas e viagens pelo Brasil é a estratégia central desenhada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, para aumentar o número de prefeituras que o PL comanda, de 300 para 1300 nas eleições de 2024″.
“Em conversas com correligionários, Valdemar projeta o crescimento de 20% dos votos com Bolsonaro fora das urnas. Se o ex-presidente submergir, como fez após a derrota para Lula no ano passado, o PL vê seus planos ameaçados”, ressalta um outro trecho da reportagem.
O julgamento do TSE conta com três votos favoráveis à inelegibilidade do ex-mandatário e apenas um contra. Na sexta-feira (30), os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Kassio Nunes Marques proferirão seus votos.
A projeção final é de cinco votos a favor da inelegibilidade e dois favoráveis à manutenção dos direitos políticos do ex-mandatário.