PF suspeita que autoria de documento golpista encontrado em celular de Cid foi ocultado de propósito

PF suspeita que autoria de documento golpista encontrado em celular de Cid foi ocultado de propósito

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A Polícia Federal desconfia que alguém ocultou de maneira proposital a autoria de um documento que declarava estado de sítio no país, encontrado no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid,. A informação é da revista Veja.

A suspeita se refere a fotografias enviadas por Cid, em 28 de novembro do ano passado, a uma conversa no WhatsApp com seu próprio número (identificado como “Major Cid – AJO Pr”), que funcionaria como uma espécie de backup. O responsável pela foto cobriu a autoria do documento com uma folha de papel, desconfiam os policiais. Mas não há informações sobre quem teria tirado a foto.

“Como é possível conferir no item c) Imagem 3, o autor da fotografia utiliza, aparentemente, uma das folhas impressas (Imagem 2) para cobrir o local que supostamente revelaria a identificação do autor do texto. Foi possível verificar este indício a partir da inversão da imagem 3, de forma que o texto apresentou melhor legibilidade após a mudança do sentido da imagem (espelho) e diminuição do brilho”, diz o parecer da PF.

A revista já havia revelado que o celular de Cid tinha mensagens e documentos que revelam uma trama para dar um golpe de estado, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e colocar o país sob intervenção militar. Segundo a reportagem, havia no entorno próximo do ex-presidente militares e apoiadores conspirando para tentar anular o resultado da eleição de 2022, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a revista, um dos documentos é intitulado “Forças Armadas como poder moderador”. Nele é apresentado um plano baseado numa tese controversa em que militares poderiam ser convocados para arbitrar conflitos entre os poderes.

O documento ensina uma espécie de “passo a passo” do golpe e não é o mesmo da minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres. Segundo o plano, Bolsonaro deveria encaminhar as supostas inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário aos comandantes das Forças Armadas. Os militares então poderiam nomear um interventor investido de poderes absolutos.

* Folha de Pernambuco

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