A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acionou o Ministério Público Federal contra o colega Ricardo Salles (PL-SP). .
Sâmia acusou Salles de abuso de autoridade, violação de domicílio e advocacia administrativa e pediu que o MPF o investigue. As supostas ilegalidades teriam ocorrido durante uma diligência da CPI do MST, no Pontal de Paranapanema (SP), em maio. Segundo Sâmia, as idas a campo não tinham “indicação mínima de um calendário para organização administrativa da Casa e dos membros da comissão”.
A representação argumenta que Salles cometeu advocacia administrativa quando “abordou famílias de acampados de forma abusiva, afirmando que o local se tratava de uma área privada” e teria dito que uma mulher que o acompanhava era a proprietária da terra. Sâmia também apontou que a mulher proferiu ofensas e ameaças contra as pessoas que estavam na região.
O abuso de autoridade estaria ligado a essa postura e por ter utilizado seu cargo público para forçar a entrada nas moradias de acampados, segundo o texto. “Membros da CPI e seus assessores filmaram e entraram em barracos sem autorização expressa dos seus ocupantes ou mediante intimidação”, o que constituiria violação de domicílio.
A ação também citou que um barracão foi arrombado e, nele, foram feitos vídeos e fotos para as redes sociais dos deputados de oposição ao governo. Ao serem removidos das casas, “continuaram filmando o interior através de portas e frestas, bem como insistiam em verificar os banheiros e privadas”.
Além de Salles, foram citadas na representação a deputada Caroline de Toni (PL-SC) e Maria Nancy Giuliangeli, que teria alegado ser dona da terra onde está o acampamento no Pontal.
*Com Uol