A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou inconsistências de R$ 6 bilhões nas contas do Ministério da Cidadania em 2022. O resultado se refere ao somatório de receitas e despesas do ministério, principalmente na execução do programa Auxílio Brasil, diz Paulo Cappelli, Metrópoles.
No ano passado, o governo Bolsonaro teve dois ministros da Cidadania: João Roma e Ronaldo Bento. O órgão, que foi desmembrado por Lula em janeiro, tinha orçamento de R$ 124,4 bilhões. O Auxílio Brasil foi a principal política executada pelo órgão e responsável por 92,4% de sua execução orçamentária.
Segundo a CGU, o valor de R$ 6.342.894.265,64 estaria em desconformidade com os dados do ministério por diversas razões.
Entre os motivos apontados estão a contabilização em duplicidade de despesas com o Auxílio Emergencial. Também foram constatados erros na arrecadação e ausência de registros de receita das devoluções de auxílios não retirados.
A CGU criticou ainda distorções no registro de créditos a receber decorrentes de pagamentos indevidos de benefícios e seu ajuste para perdas. Alem disso, a fiscalização verificou falha nos controles e acompanhamentos dos estornos, feitos pela Caixa, de benefícios não sacados.
Entre as medidas sugeridas pela CGU, está o aprimoramento dos registros contábeis e de controle interno do ministério.