Após anúncios de uma parceria entre o governo de São Paulo e a start-up francesa Wandercraft, que fabrica exoesqueletos como o que foi usado pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), a Secretaria de Saúde de São Paulo informou nesta sexta-feira (2/6) que a tecnologia já foi comprada e que deverá ser disponibilizada a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) ainda no mês de julho, segundo o Metrópoles.
O governo paulista confirmou que foram adquiridos dois exoesqueletos para o tratamento de pacientes da rede de reabilitação Lucy Montoro. Cada um deles custou cerca de 100 mil dólares, o que equivale a aproximadamente 500 mil reais. Os aparelhos serão usados para permitir que pacientes com deficiências motoras fiquem de pé e caminhem, auxiliando em sessões de fisioterapia.
Mara Gabrilli afirmou que utilizar o protótipo em um teste em abril foi uma das coisas mais marcantes de sua vida. “Chegar ao momento de andar com o auxílio de uma tecnologia que usa a força do meu próprio corpo é a prova de que todo esforço valeu a pena. É um universo de possibilidades que se abre”, disse à época.
Como funciona
Inicialmente, a ideia é que os exoesqueletos ajudem a vários pacientes com paraplegia ou em processo de reabilitação após doenças como o AVC. A princípio, ele não será usado por uma única pessoa, como poderá ocorrer no futuro.
Ele é muito leve e se adapta a pessoas de diferentes alturas e pesos. Isso significa que não será necessário ter um equipamento para cada um. Dentro do centro de reabilitação, posso ter um equipamento que seja usado por vários pacientes”, disse Linamara Rizzo Battistella, presidente do conselho diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da USP, uma das idealizadoras da Rede Lucy Montoro, ao site do Governo de São Paulo.
Assim como ocorreu com a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), as pessoas vestirão um exoesqueleto ajustado e adaptado temporariamente. Programado de acordo com os objetivos do paciente, o robô pode se inclinar, sentar e levantar, andar de frente, de costas e de lado, além de subir degraus. “Ficar de pé é também um estímulo cerebral importantíssimo”, disse Linamara.