Presidente do Equador dissolve Parlamento e convoca novas eleições

Presidente do Equador dissolve Parlamento e convoca novas eleições

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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, é acusado de peculato e interferência na negociação de um contrato de transporte marítimo.

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu, nesta quarta-feira (17/5), a Assembleia Nacional equatoriana e convocou novas eleições parlamentares no país. A medida acontece após um grupo de legisladores abrir processo de impeachment contra ele, na terça-feira (16/5).

Para evitar a destituição do cargo à frente do Executivo, Lasso usou a cláusula constitucional conhecida como “muerte cruzada” (em tradução literal: morte mútua). Ao usar a tática, ele precisa renunciar ao cargo. Agora, as eleições para a Presidência e a Assembleia Nacional serão antecipadas.

Nessa terça-feira (16/5), a rede de notícias norte-americana CNN disse que Lasso poderia usar a tática para virar o jogo contra seus inimigos políticos.

Lasso assinou um decreto oficial e usou o artigo 148 da Constituição da República equatoriana, o qual possibilita ao chefe do Executivo dissolver a Assembleia Nacional (equivalente ao Congresso Nacional no Brasil) em caso de “grave crise política e comoção interna”.

No decreto publicado nesta quarta-feira em caráter de urgência e de efeito imediato, Lasso determinou:

  • dissolução da Assembleia Nacional;
  • convocação de novas eleições gerais pelo Conselho Nacional do Equador (CNE) nos próximos sete dias; e
  • fim imediato do mandato de todos os deputados.

Em suas redes redes sociais, Lasso comunicou que assinou o decreto com o “objetivo de dissolver” a Assembleia Nacional e convocar novas eleições.

À população Lasso diz que “esta é a melhor decisão para dar uma solução constitucional à crise política e comoção interna que o Equador está enfrentando e devolver ao povo equatoriano o poder de decidir seu futuro nas próximas eleições”.

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