O médico Marcos Falcão, de Alagoas, está espalhando em suas redes sociais a fake news de que a jogadora de vôlei Paula Borgo, morta aos 29 anos em abril, foi vítima da vacinação contra covid-19.
Paula faleceu em decorrência de um câncer no estômago. Descobriu um tumor em setembro de 2022 durante exames de rotina de pré-temporada, e parou de competir para fazer o tratamento.
“O maior genocídio da história, sem disparar uma bala. Não podemos afirmar que o que causou o câncer foi a possível vacinação, mas podemos afirmar que o número de casos de câncer aumentou exponencialmente após a vacinação”, inventou Falcão no Twitter.
Ele é bolsonarista, negacionista e se identifica como “cidadão livre para dar minhas opiniões” no Instagram. Posta vídeos com críticas a Lula e ao PT para mais de 72 mil seguidores.
É acusado de vender tratamentos falsos para pacientes por meio do WhatsApp. Oferece “detox vacinal” a R$ 470 para seu gado.
O “detox” consiste num coquetel de ivermectina, vitaminas, anti-inflamatórios e uso de aspirina, além de exames contra os “efeitos nocivos da vacina”.
O contato comercial divulgado na página de Falcão também anuncia que o sujeito assina atestados que isentam da vacinação contra a covid-19.
Quando é dito que o paciente em questão não tem nenhuma dessas doenças, o contato responde que o médico consegue o atestado, de qualquer maneira. É espantoso que não tenha o registro cassado.
O maior genocídio da história, sem disparar uma bala. Não podemos afirmar que o que causou o câncer foi a possível vacinação, mas podemos afirmar que o número de casos de câncer aumentou exponencialmente após a vacinação. pic.twitter.com/49RVUPTXnj
— Marcos Falcão (@DrMarcosFalcao) May 11, 2023
*Com DCM