A rede social de troca de mensagens instantâneas Telegram enviou aos seus usuários, nesta terça-feira (9), um comunicado criticando o PL 2630 – o das Fake News – afirmando que o projeto “irá acabar com a liberdade de expressão” no país e dá “poderes de censura sem supervisão judicial prévia” ao governo.
O texto ainda alega que o PL “é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil” em relação aos “direitos humanos fundamentais” e pede que usuários conversem com os deputados federais a fim de votar contra a proposta (há um hiperlink para o endereço de contato com parlamentares brasileiros inserido na mensagem).
https://twitter.com/orlandosilva/status/1656008616871174155?s=20
Alô @STF_oficial, alô @MPF_PGR, alô @JusticaGovBR, alô presidente @LulaOficial, acabo de receber essa mensagem no telegram, enviado pela própria plataforma, mais uma bigtech estrangeira abusando do seu poderio para espalhar mentiras e interferir nos interesses nacionais. pic.twitter.com/414wlXxmsl
— Naiton Gama (@gamanaiton) May 9, 2023
O Telegram enfrenta embate com a justiça brasileira, após não ter cumprido, segundo as autoridades, pedidos judiciais sobre identificação de usuários em grupos neonazistas na plataforma.
Em uma das investigações da Polícia Federal, por exemplo, é apontado que um adolescente apontado como responsável por um ataque a escolas em Aracruz, no Espírito Santo, no ano passado, fazia parte de chats neonazistas através do Telegram.
Não é a primeira vez que uma rede se posiciona contrariamente ao PL 2630. No dia 1 deste mês, o Google incluiu na página inicial de sua busca um link que dizia: “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. A plataforma foi alvo de críticas e chegou ter multa milionária imposta pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) caso não retirasse o texto do ar.
*Com 247