“Bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”, é o que diz laudo de Torres

“Bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”, é o que diz laudo de Torres

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Análise difere das declarações da defesa do ex-ministro de que ele estaria incapacitado.

Um laudo médico feito pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal destaca que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres está em “bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”. A conclusão contradiz o que alegou a defesa de Torres na semana passada, de que havia risco de suicídio do ex-ministro, em razão de problemas psiquiátricos agravados na prisão.

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, acusado de omissão durante os atos terroristas do dia 8 daquele mês, quando apoiadores de Jair Bolsonaro ocuparam temporariamente as sedes dos Três Poderes, em uma tentativa de tomar o poder do presidente Lula. As investigações citam ainda a ‘minuta do golpe’ encontrada pela Polícia Federal na casa de Torres. O documento previa um ‘estado de defesa’ na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar o resultado das eleições livres e justas que deram vitória ao presidente Lula.

“Seu pensamento está agregado e organizado, com fluidez aparentemente normal, sem evidências de alteração da sensopercepção. Seu humor encontra-se hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família”, diz o texto.

“Refere crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida. As medicações foram ajustadas com a intenção de melhor controle do humor e das crises de ansiedade”, prossegue o documento entregue à Corte, datado do último dia 30 de abril.

Na última semana, em um novo habeas corpus, a defesa de Torres alegou que seu quadro psíquico teve uma piora e cita o risco de ele cometer suicídio. O documento cita ainda que a psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal proferiu um atestado na sexta-feira passada, sustentando a impossibilidade de Torres “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante uma semana”.

Novo recurso apresentado pela defesa de Torres nesta terça-feira (2) volta citar o quadro de saúde mental do ex-ministro. Segundo o documento, o estado psíquico de Torres inspira cuidados, sua mãe “enfrenta grave doença” e suas filhas “necessitam de acompanhamento psicológico e psiquiátrico”.

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