Gonçalves Dias, ministro do GSI, apresentou atestado para não ir à audiência na Câmara sobre sua atuação nos atos de 8 de janeiro.
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Gonçalves Dias, apresentou atestado médico para justificar ausência em audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19/4).
A participação do ministro havia sido requerida, por convite, na última reunião do colegiado, por deputados que integram o grupo, para prestar esclarecimentos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
A expectativa pela participação de Gonçalves Dias na audiência aumentou após a rede de televisão CNN divulgar, nesta quarta, imagens exclusivas das câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia dos ataques.
Nos vídeos, é possível ver o ministro Gonçalves Dias e militares do GSI no local em meio a dezenas de golpistas, durante as invasões. Os militares, que têm missão de zelar pela segurança das autoridades federais e do palácio em si, aparecem guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno, diz o Metrópoles.
Apesar da convocação para a audiência, prevista para as 14h, o ministro não compareceu. Em ofício enviado pela Presidência da República à Câmara dos Deputados, o órgão afirma que o ministro foi atendido às 13h com “quadro clínico agudo”.
“Atesto para fins de apresentação junto à Câmara dos Deputados que o sr. ministro Marco Edson Gonçalves Dias foi atendido pelo Serviço Médico da Coordenação de Saúde, às 13h do dia 19/4/2023, com quadro clínico agudo e com necessidade de medicação e observação, devendo ter ausência em compromissos justificadas por motivos de saúde na presente data”, informa o ofício, assinado pelo médico João Luiz Henrique da Silveira.
Presidente da Comissão de Segurança Pública, Ubiratan Sanderson (PL-RS) chegou a comentar que uma renúncia causaria desgaste ao atual governo e seria uma confissão de culpa por Gonçalves. Parlamentares de oposição tentam imputar à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a suposta ação de apoio do ministro do GSI durante os atos terroristas.