À meia-noite, no mais tardar, as centrais Isar 2 (sudeste), Neckarswestheim (sudoeste) e Emsland (noroeste) serão desconectadas da rede elétrica. Desde 2003, a Alemanha já fechou 16 reatores.
Segundo a Exame, a Alemanha fecha, neste sábado (15), seus últimos três reatores nucleares, concluindo o abandono desse tipo de energia, um velho compromisso às vezes incompreendido em um contexto de urgência climática.
A principal economia europeia abre um novo capítulo energético, confrontada com o desafio de prescindir dos combustíveis fósseis ao mesmo tempo em que tenta administrar a crise do gás desencadeada pela guerra na Ucrânia.
“Será um ato muito emocionante para os colegas desligar a usina pela última vez”, afirma Guido Knott, presidente da empresa PreussenElektra, que opera o Isar 2, a poucas horas de seu encerramento.
À meia-noite, no mais tardar, as centrais Isar 2 (sudeste), Neckarswestheim (sudoeste) e Emsland (noroeste) serão desconectadas da rede elétrica. Desde 2003, a Alemanha já fechou 16 reatores.
O governo alemão concordou em fazer um adiamento de várias semanas em relação à data originalmente prevista, 31 de dezembro, mas sem pôr em xeque virar a página deste tipo de energia no país.
“Os riscos ligados à energia nuclear são, definitivamente, não administráveis”, disse a ministra do Meio Ambiente, Steffi Lemke, esta semana. De fato, preocupam amplos setores da população e deram força ao movimento ambientalista.
Neste sábado, aos pés do Portão de Brandemburgo, em Berlim, a ONG Greenpeace organizou uma despedida do átomo, simbolizado pelos restos de um dinossauro derrotado pelo movimento antinuclear. “A energia nuclear pertence à história”, proclamou a ONG.
Em Munique, uma “festa pela saída da energia nuclear” reuniu algumas centenas de pessoas, conforme registrado pela AFPTV. “Energia nuclear, obrigado”, publicou neste sábado o jornal conservador FAZ, destacando os benefícios que, segundo ele, trouxe para a Alemanha.