‘Minha filha viu quando ele atacou um coleguinha’, conta pai de umas das crianças que testemunharam horror em creche de SC

‘Minha filha viu quando ele atacou um coleguinha’, conta pai de umas das crianças que testemunharam horror em creche de SC

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Professora contou que alunos do pré-escolar participavam de roda de conversa no pátio na hora do ataque.

No momento do ataque à Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), crianças do pré-escolar participavam de uma rodinha de conversa no pátio. Colegas das quatro crianças mortas – e há outras feridas – testemunharam toda ação violenta de um homem de 25 anos, que trabalhava como motoboy e chegou à instituição de moto.

O instalador de vidros Henrique Araújo, de 31 anos, tem um casal de filhos na creche, sendo que a menina, de apenas 5 anos, viu tudo que aconteceu e está em choque. Nenhum dos dois ficou ferido, diz O Globo.

— Ela me contou que estava no parquinho brincando quando viu o agressor pular o muro com um capacete rosa, uma machadinha e uma faca. Minha filha viu quando ele atacou um coleguinha com a machadinha. Está em estado de choque e só chora — conta ele, que estava dirigindo para um serviço em uma cidade próxima e voltou às pressas.

Emocionado, o pai disse estar sem chão. Ao encontrar a filha, ela já foi fazendo o relato do que testemunhou, inclusive dizendo que o homem estava com um martelo (como ela chamou a machadinha).

— A minha filha está bem fisicamente, graças a Deus. Mas, emocionalmente, ela está destruída. Como eu vou tirar isso da cabeça da minha filha? – questionou o pai, revelando que o outro filho, de 8 anos, não estava na escola, mas que, mesmo assim, ficou abalado. — Meu filho não estava aqui no momento, ele já tem 8 anos, ele é contraturno, mas está abalado em casa porque perdeu amigos que fazem período integral com ele.

A professora Simone Aparecida Camargo relatou ter vivido momentos de completo desespero, sem saber o que estava de fato acontecendo, para proteger bebês:

— Minha parceira de sala chegou correndo dizendo ‘fecha a porta, fecha a janela porque um cara assaltou o posto’. Pensamos que era um assalto porque ele invadiu a escola, só que fechei os bebês no banheiro, depois vieram na porta dizendo que ele ‘veio matando’, ele foi no parque para matar. No parquinho, a turma do pré estava toda no parque fazendo uma roda de conversa. Ele tinha mais que uma arma — contou a professora à NSC TV.

Uma vizinha da creche lembrou que estava na rua quando recebeu uma ligação da mãe, que estava em casa, contando sobre o que havia acontecido. A mãe viu o exato momento em que os alunos foram atacados:

— É desesperador. Moro em frente à creche. Minha mãe me ligou no momento que estava acontecendo. Minha mãe viu uma das criancinhas atingida na cabeça, parece que era um menininho. Eram crianças do pré, estavam no parquinho. Ele pulou o muro. Meu filho estudou ali, é uma creche particular muito boa. Estou revoltada — disse Daniela Mantau, de 47 anos.

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