A Arábia Saudita e outros países produtores de petróleo da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciaram neste domingo (2) que vão cortar a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia.
A redução começa em maio e deve ir até o fim do ano. Sauditas e russos devem cortar 500 mil barris diários cada, segundo a Agenda do Poder.
A redução da oferta de petróleo no mercado internacional deve causar um choque de preços, o que pode impactar os valores dos combustíveis no Brasil.
O barril do tipo Brent fechou a sexta-feira (31) custando US$ 79,77. No auge da crise de preços dos combustíveis em 2022, turbinada pela guerra na Ucrânia, chegou a US$ 140.
Agora, o ministério da energia saudita disse em comunicado que o corte voluntário foi uma medida de “precaução”, destinada a apoiar a estabilidade do mercado de petróleo. Isso porque os preços da commodity acumulam quedas sempre que há indícios de recessão na economia global, em especial nos países desenvolvidos.
A perspectiva de recessão não é nova, mas ela foi intensificada com os recentes receios de crise bancária nos Estados Unidos e na Europa, que poderiam frear ainda mais as economias impactadas pela alta recente dos juros.
Na sexta, os preços já haviam retornado ao nível anterior à crise bancária, com alívio do sentimento de que o problema pode ser maior. Agora, há um novo impulso de preço, dado por uma redução de oferta.