O fato aconteceu com Waldonilton de Andrade Reis, de 43 anos, que treinava ciclismo na orla da praia da Ponta Negra, em Manaus (AM).
O atleta Waldonilton de Andrade Reis, de 43 anos, treinava ciclismo na orla da praia da Ponta Negra, em Manaus (AM), quando, segundo a família, engoliu uma abelha, sofreu um choque anafilático e morreu. Ele ficou 21 dias internado.
Ao passar mal e ser socorrido, Waldonilton relatou às pessoas que havia engolido uma abelha. Levado ao hospital, os médicos disseram aos familiares que ele sofreu um choque anafilático. A morte cerebral foi consequência de o atleta ter ficado mais de três minutos sem oxigênio no cérebro.
Rosilene Reis, irmã do atleta, denunciou a demora no atendimento de primeiros socorros. Waldonilton ficou cerca de 20 minutos com dificuldade para respirar, o que agravou seu quadro, segundo a irmã.
“Não teve um socorro, não teve um posto de saúde, não tem um hospital por perto. O máximo que tinha era uma base do Corpo de Bombeiros que não tinha médico no plantão”, afirmou Rosilene, em entrevista ao G1.
A unidade de saúde mais próxima, o Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, para onde ele foi encaminhado, fica a 8,4 km do local do incidente, no bairro Compensa, Zona Oeste. De lá, o atleta foi levado para o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, na Zona Norte, onde havia Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponível, ainda de acordo com a família.
“Os médicos falaram para gente que o cérebro consegue ficar até três minutos sem oxigenação. Se tivesse tido um atendimento adequado, um médico, um bombeiro, ou então um posto de saúde, alguém poderia ter ressuscitado o meu irmão. Mas como ele passou mais de três minutos, demorou para ser levado ao Joventina, ele não aguentou. Nenhuma pessoa aguentaria”, desabafou Rosilene.
Além de fazer parte de um grupo de ciclismo, Waldonilton era atleta profissional de remo. Ele integrava a equipe do Esporte Clube Remo, no Pará, e chegou a ser bicampeão Norte-Nordeste da modalidade, em Brasília.
*G1/Forum