Juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, interrompeu a audiência quando ouviu a denúncia e remeteu caso para o STF, onde senador e deputado têm foro.
Joaquim de Carvalho – “Diante da notícia crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, Deputado Deltan Dalagnol e o Senador Sério Moro, bem como as pessoas do advogado Zocolotto e do dito cabo eleitoral Fabio Aguayo, encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, já tendo despachado nos presentes autos”, despachou o juiz, que é titular da 13a. Vara Federal de Curitiba, onde Moro atuava.
Tacla Durán diz que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior o procurou para exigir 5 milhões de dólares em troca de benefícios num acordo de colaboração. Na conversa, que Tacla Durán guardou através de um print de tela, Zucolotto disse que acertaria os termos com DD (iniciais de Deltan Dallagnol).
Um mês depois, Tacla Durán fez uma transferência de 613 mil dólares para o escritório de Marlus Arns. Tanto Zucolotto quanto Marlus Arns têm relação profissional com Rosângela Moro. Zucolotto era sócio da esposa do então juiz e Marlus atuava com Rosângela em casos da Apae e também e processos da chamada Máfia das Falências.
Zucolotto é também padrinho de casamento de Moro e Rosângela.
O juiz ainda não decidiu se liberará os vídeos da audiência. O processo, por enquanto, tramita em segredo de justiça.
*Com 247