Jair Bolsonaro ganhará até R$ 100 mil mensais; volta ao Brasil 3 meses depois de ir para os EUA e se recusar a passar faixa para Lula.
O ex-presidente Jair Bolsonaro promete voltar ao Brasil na próxima quinta-feira (30/3), exatos três meses depois de embarcar num avião da Aeronáutica rumo aos Estados Unidos e se recusar a passar a faixa presidencial para Lula. Bolsonaro manterá uma vida confortável: receberá até R$ 100 mil por mês, trabalhará em um gabinete novo e morará com Michelle Bolsonaro em uma mansão.
De acordo com Guilherme Amado, Metrópoles, Bolsonaro será presidente de honra do PL. Em troca, receberá do partido um salário de R$ 39,2 mil, valor do teto salarial do serviço público, recebido por ministros do STF. Também será remunerado com aposentadorias pagas por Câmara e Exército.
O ex-presidente trabalhará na sede da sigla, num prédio ao lado do hotel em que Lula se hospedou entre a eleição e a mudança para o Palácio da Alvorada. Em frente ao prédio fica o Posto da Torre, onde aconteceram as primeiras investigações da Lava Jato.
gabinete de Bolsonaro ficará em frente ao de Michelle, presidente do PL Mulher. Aliados tentaram testar seu nome como candidata ao Planalto em 2026, mas Bolsonaro reclamou. “Não é candidata ao Executivo”, disse no último dia 14.
O gabinete onde Bolsonaro trabalhará era uma pequena sala de cinema até o início do ano. Com aluguel e taxas de condomínio que somam R$ 40 mil mensais, o duplex também abriga o general Walter Braga Netto, vice da chapa de Bolsonaro na campanha, e outros militares que perderam cargos no governo.
O casal Bolsonaro vai morar a 12 quilômetros do Palácio da Alvorada. A casa, onde a ex-primeira-dama já se instalou com as duas filhas, tem 400 metros de área construída e aluguel de R$ 12 mil.
Como ex-presidente, Bolsonaro terá ao seu dispor carros, dois motoristas, dois assessores e quatro seguranças. A segurança pode ser reforçada em eventos públicos, como pediu o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nesta segunda-feira (27/3) ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal e ao governo do DF, para a chegada de Bolsonaro a Brasília.