Para Celso Amorim, a posição do Brasil reforçou a constância da postura de continuar perseguindo a paz.
A diplomacia obriga a volteios para se atingir o alvo, especialmente em algo tão complexo e multifacetado como uma Assembléia Geral da ONU. Por isso mesmo, o voto do Brasil, apoiando a resolução que responsabilizava a Rússia pela guerra, foi mal visto por alguns setores internos.
Mas não significou submissão aos Estados Unidos. Pelo contrário, significou a vitória da estratégia diplomática de colocar-se como mediador do conflito. A opinião é de dois dos maiores diplomatas contemporâneos brasileiros, Celso Amorim e José Bustani.
Havia uma resolução responsabilizando a Rússia pela guerra, e nenhuma menção a uma iniciativa diplomática pela paz. O Brasil conseguiu incluir a recomendação pelo acordo de paz. Tornando-se co-autor da resolução, não poderia deixar de assiná-la.
Embora ressalvando que precisava de mais informações, Bustani considerou a resolução bastante positiva, e prova disso foi a reação do chanceler russo, aprovando a iniciativa brasileira, de Lula mediar um futuro acordo de paz.
Para Celso Amorim, a posição do Brasil reforçou a constância da postura de continuar perseguindo a paz.
*GGN