em meio a racha no PL, e lideranças admitem que 25% da bancada podem votar com o governo

em meio a racha no PL, e lideranças admitem que 25% da bancada podem votar com o governo

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A cisão entre aliados de Bolsonaro e aqueles mais ligados ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, tem se reproduzido nas Assembleias Legislativas de estados.

Mergulhado em conflitos internos após as eleições de 2022, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, passou a ser visado pela articulação política do governo Lula (PT), que busca ampliar sua base de apoio no Congresso atraindo parlamentares menos vinculados ao bolsonarismo. Nos cálculos de lideranças do próprio PL, até um quarto dos 110 deputados e senadores da sigla tendem a votar com o Executivo, como antecipou o blog da colunista Malu Gaspar, do GLOBO. Eles evitam, contudo, uma adesão explícita para não inviabilizar a convivência com a bancada bolsonarista.

A cisão entre aliados de Bolsonaro e aqueles mais ligados ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, tem se reproduzido nas Assembleias Legislativas de estados em que o PL fez as maiores bancadas, como São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. No Rio, o governador reeleito Cláudio Castro (PL) entrou em rota de colisão com a cúpula da sigla em meio a acenos a Lula, com quem trocou afagos, ontem, durante uma visita do presidente à capital fluminense.

Passadas as eleições na Câmara e no Senado, o PT avançou em negociações com siglas que deram suporte ao governo Bolsonaro, como PP e Republicanos, na tentativa de assegurar maioria em votações no Congresso. No caso do PL, a aproximação é mais delicada devido à necessidade de equilibrar exigências da base bolsonarista, que ajudou o partido a formar a maior bancada da Câmara e a segunda maior do Senado, com as intenções de parlamentares mais habituados ao governismo. Em entrevista à CNN Brasil em janeiro, o próprio Valdemar disse que alguns deputados “dependem muito do governo federal” para atender seus redutos.

Sem oferecer, por ora, uma entrada no governo, petistas buscam abrir pontes com o PL. No último dia 28, o deputado Luciano Vieira (PL-RJ) participou de uma reunião do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com parlamentares do Rio. Vieira, que se lançou como candidato avulso à 2ª vice-presidência da Câmara contra o bolsonarista Sóstenes Cavalcante, que teve apoio oficial do partido, disse que seu objetivo foi de “marcar posição” e mostrar “independência”.

— Alguns querem votar tudo contra o governo. Se eu for radical assim, vou prejudicar meu eleitor. Tem que conversar — disse Vieira.

*Com O Globo

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